
A Levoir prossegue com o lançamento de mais um Clássico da Literatura em BD, desta vez com Dom Quixote. Este clássico da literatura (que ainda não tive oportunidade de ler no formato original) é uma história longa e complexa que aqui se resume a cerca de 50 páginas.
A história
Fascinado com as histórias de cavalheiros (em que se destaca Amadis de Gaula) um fidalgo da aldeia da Mancha, tendo perdido a razão, decide tornar-se fidalgo e partir em grandes aventuras. Procura então um cavalo e um escudeiro, bem como uma dama como inspiração, para construir a imagem romantizada dos cavalheiros que admira.
Convencendo um pobre (e simples) homem da possibilidade de riquezas, parte então em demanda, enfrentando todos os desafios que imagina. Os moinhos transformam-se em gigantes, os padres em figuras sombrias, e as estátuas de Nossa senhora em damas em perigo. Todas as aventuras são grandiosas para Dom Quixote, mas ridículas na perspectiva de quem as observa.
A narrativa / Desenho
A adaptação para 50 páginas funciona para transmitir o essencial, apresentando uma linha narrativa relativamente simples. A parte menos bem sucedida será no final, com duas reviravoltas demasiado próximas, que nos afastam um pouco de Dom Quixote e das suas deambulações mentais.
O desenho transmite algum movimento, mas consegue focar-se o suficiente em expressões faciais e interacções de personagens de forma a sentirmos algum envolvimento com os acontecimentos.
Conclusão
Dom Quixote é uma adaptação competente do clássico que consegue simplificar a história para uma banda desenhada engraçada de 50 páginas. O dossier final é, também, algo curto, focado sobretudo no autor, na obra e no contexto história da obra.
