Good Game! é outro dos Manga lançado recentemente, neste caso pela Gradiva numa nova colecção, Manga International Corporation. Trata-se de um volume isolado com uma capa relativamente pouco chamativa dentro do género. Assim, à primeira vista, a premissa parece simples.

A história

Yuki, uma jovem, filha de mãe solteira, assistiu à morte da progenitora na cama de hospital. O momento, já de si triste, é pautado por uma revelação surpreendente – tem um irmão. Sem nome, nem mais indicações, munida apenas de uma foto, Yuki vai descobrir a mesma cara associada ao meio dos videojogos, sendo que o irmão será um dos concorrentes mais famosos de uma espécie de reality show em que se desenvolvem videojogos.

A jovem convence um amigo, também ele com os seus traumas, a inscrever-se com ela no concurso para desenharem o seu próprio videojogo e assim se aproximarem do irmão. Mas claro que nem tudo é simples, e Yuki resolve fazer-se passar por rapaz como forma de se assim se aproximar melhor do irmão.

Crítica

Good Game! é uma história relativamente simples destinada a um público adolescente. Yuki, sempre positiva e motivadora, contrasta com o amigo (que terá assistido à morte do pai e portanto sempre melancólico). Por sua vez, o irmão, é a pessoa mais cínica do concurso e afasta consistentemente qualquer tentativa de aproximação. Mas a história apresenta outros concorrentes – desde uma dupla que pretende desenvolver um jogo erótico, a uma jovem que nunca mostra a cara mas que desenvolve um jogo em torno de um curioso robot.

Entre os grupos estabelecem-se diferentes dinâmicas – triângulos e quadrados amorosos que se ficam sobretudo nas intenções, sendo que os jovens nem sempre se apercebem de ser alvo de qualquer atenção especial. Esta vertente vai sendo explorada tangencialmente, enquanto cada grupo desenvolve os seus jogos. Claro que existem alguns pequenos dramas – concorrentes demasiado competitivos ou com traumas passados que impactam a competição.

Mas apesar destes pequenos dramas, Good Game! progride a um bom ritmo e consegue fechar a história num único volume. Não é uma história particularmente emocionante ou com grandes reviravoltas, prosseguindo num enredo de quase novela simplista – Yuki esconde a sua identidade e é, claro, mal interpretada. Mas também não é a única, existindo outra personagem no concurso que também optou por uma personalidade alternativa. Estes dois segredos movimentam a história.

A história juvenil, é rodeada de bom humor, sendo que o espírito optimista da personagem principal contamina a leitura. Destacam-se, também, os detalhes sobre os videojogos, sendo que se fica com vontade de jogar alguns deles no final.

Conclusão

Good Game! é uma leitura leve e juvenil com elementos engraçados que deverá cativar um público mais jovem, tanto pelo tema, como pela dinâmica tipicamente adolescente entre as personagens. Não tem grandes pontos de destaque narrativos e julgo que será facilmente esquecida – apesar das ideias para videojogos que são interessantes.

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