293 – O meu casamento feliz – Vol. 2 – Akumi Agitoji e Rito Kohsaka – Tal como no primeiro volume, a história continua centrada em Miyo Saimori. Órfã de mãe, foi maltratada pela madrasta, sendo considerada inferior aos empregados da casa. Quando é enviada como noiva para uma figura obscura receia o prior, mas de alguma forma, o noivo percebeu que, apesar da sua linhagem nobre, Miyo era bastante diferente das anteriores candidatas. A história foca-se bastante nos traumas de Miyo e como os estará a ultrapassar com amor e compreensão, possuindo como pano de fundo alguns detalhes sobre poderes específicos de algumas famílias. Deverei prosseguir pelo terceiro volume para ver se esta vertente é mais explorada, porque se o tom principal continuar tão sentimental deverei abandonar;

294 – Senhor Apothéoz – Julien Frey & Dawid – Depois de uma série de infortúnios que se fizeram sentir pelas gerações anteriores, o jovem Apothéoz acredita que o nome de família está amaldiçoado. Quando o pai, bêbado, efectua uma venda sob curiosas condições, e, logo de seguida morre, Apothéoz percebe que deve rejeitar a morte do pai, como forma de continuar a receber uma prestação fixa. Para tal, irá socorrer-se das sugestões de um escritor de sucesso que conhece, iniciando-se uma estranha amizade entre os dois. O resultado é mirabolante, com momentos cómicos, mas, de alguma forma, falta-lhe o envolvimento que outros escritores, no mesmo género, conseguem criar na sua narrativa;

295 – Bairro Distante – Jiro Taniguchi – Alguns dos livros de Taniguchi costumam ser muito introspectivos e silenciosos, livros onde a personagem principal, um observador, nos mostra aquilo com que se depara, como O Homem que Passeia. Noutros, como O Diário do Meu Pai, é mais biográfico, falando dos seus familiares. Este é mais especulativo, desenvolvendo personagens, e centrando-se num homem que, de alguma forma, revive os seus 14 anos, com a maturidade que adquiriu enquanto adulto. Com esta experiência vem um novo entendimento e novas decisões. Uma leitura formidável;

296 – Ava – Ana Miralles e Emilio Ruiz – Demonizada pela imprensa, a actriz desloca-se ao Brasil para promover o seu novo filme. Mas num clima de tensão política, onde o que vem dos Estados Unidos é visto como possível influência, Ava é maltratada em quase todas as vertentes possíveis. Tudo, ou quase tudo o que pode correr mal em 48h acontece, e a imprensa usa todos os testemunhos para passar uma imagem bastante diferente de Ava, que, numa vertente mais próxima, é, simplesmente, uma mulher dona do seu nariz.