Este mês chegaram mais moradores BD, destacando-se o grande volume Arkadi and the Lost Titan, resultante de um Kickstarter em que entrei há quase um ano. Vai ser difícil ler este – mais por causa do peso do que pelo número de páginas; mas uma olhadela rápida ao interior mostra-me que em termos de desenho corresponde às expectativas.

O volume seguinte é O Infinito num Junco, a adaptação para banda desenhada do livro de Irene Vallejo. Comprei-o sem saber muito bem o que esperar e entretanto já o li, revelando-se uma boa surpresa. Trata-se de um livro sobre livros, que vai percorrendo episódios da história para nos mostrar a progressão das bibliotecas, dos livros, da leitura, e da própria escrita. Não é perfeito na abordagem e na forma como saltita, mas é uma boa leitura.

Afunda-te comigo parece ser o último volume da série Reckless – pelo menos cronologicamente não faz sentido existir outro volume. A história deste é mais linear e menos tensa, explorando outros detalhes da personagem. Talvez por isso (e pelo tom mais final ao longo de toda a história) achei-o um dos mais fracos da série.

Frei Luis de Sousa é o novo volume da colecção da Levoir, uma adaptação do clássico português. Confesso que, de uma forma geral, estas adaptações feitas por autores portugueses estão muito acima em qualidade em relação aos volumes lançados originalmente, a partir da versão francesa.

Seguem-se as continuações de três séries Mangá da Devir: Dragon Ball, Monster e One Piece. A primeira tem sabor nostálgico e está a ser divertidíssima. One Piece tenho de retornar, mas senti algum cansaço no último volume que li. Já Monster, parece estar a desenvolver-se lentamente e não achei que o terceiro volume tenha trazido muito de novo, ainda que em termos globais goste bastante da premissa.

Do mestre Japonês do horror chega novo volume, Uzumaki, que deve ser uma das minhas próximas leituras. Na mesma colecção foi publicado recentemente Hitler de Shigeru Mizuki que retrata a vida de Hitler, mostrando simultaneamente os seus lados ridículo e perigoso. O terceiro é também uma banda desenhada, mas dentro do género cómico. A autora de Ser adulto é um mito lança várias tiras cómicas onde ridiculariza o que socialmente se associa a um adulto, mostrando inseguranças e incertezas, quer em tarefas banais, quer em relacionamentos.

Aquilo que o sono esconde foi fotografo neste conjunto por engano – já fazia parte dos moradores do mês passado. O novo livro de Mafalda Santos parece ter um início mais lento do que os anteriores, e ainda que lhe tenha pegado assim que chegou, a leitura não fluiu como é habitual. Devo continuar brevemente – por vezes basta o humor do leitor quando se pega num determinado livro. Depois de vários anos sem publicar, eis um novo livro de Pedro Medina Ribeiro, A Serpente no sótão, lançado pela Saída de Emergência. Conhecendo os livros anteriores do autor tenho expectativas elevadas.

O último volume deste conjunto era um dos livros mais esperados no mercado internacional para 2024, e tornou-se uma das melhores leituras segundo várias listas de páginas conceituadas. Chega agora ao mercado português e claro que o adquiri. O tema é difícil, sem elementos de ficção especulativa, mas estou interessada em lê-lo. Provavelmente numa das próximas férias, dado que promete ser uma leitura psicologicamente difícil e lenta.

Orbital foi o vencedor do Booker Prize ainda que seja um livro do género da ficção especulativa. Está também marcado como ficção filosófica, tendo sido nomeado para os prémios Goodreads e Ursula Le Guin. Chega ao nosso mercado pela Particular e deverá ser uma das próximas leituras.

Vencedor do prémio Nebula, The Citadel of Weeping Pearls decorre no mesmo Universo que On a red station, drifting, e terá vencido o prémio Nebula. Algo que recordo do volume On a red station, drifting, é o facto das pessoas poderem ter implantes onde se encontram versões simplificadas dos antepassados, que constantemente aconselham e concedem o seu extenso conhecimento. Uma herança simultaneamente preciosa e demoníaca.

Witchcraft for Wayward Girls foi adquirido há largos meses, mas só agora chegou. Trata-se de uma história de horror com uma premissa peculiar:

They call them wayward girls. Loose girls. Girls who grew up too fast. And they’re sent to the Wellwood House in St. Augustine, Florida, where unwed mothers are hidden by their families to have their babies in secret, give them up for adoption, and most important of all, to forget any of it ever happened.

Fifteen-year-old Fern arrives at the home in the sweltering summer of 1970, pregnant, terrified and alone. There, she meets a dozen other girls in the same predicament. Rose, a hippie who insists she’s going to keep her baby and escape to a commune. Zinnia, a budding musician who plans to marry her baby’s father. And Holly, barely fourteen, mute and pregnant by no-one-knows-who.

Every moment of their waking day is strictly controlled by adults who claim they know what’s best for them. Then Fern meets a librarian who gives her an occult book about witchcraft, and power is in the hands of the girls for the first time in their lives. But power can destroy as easily as it creates, and it’s never given freely. There’s always a price to be paid . . . and it’s usually paid in blood.