Hoje começo com os novos livros lançados em Portugal, indo a primeira menção para O Último Graduado de Naomi Novik. Ainda que esta série seja um pouco mais YA do que é usual na autora, gostei do tom negro que a escola de magia possui, com mortes e perigos a cada esquina e uma personagem principal ácida e irónica. Não é assim de estranhar que tenha adquirido o volume seguinte, lançado pela Kathartika.
Natalie Haynes é uma das autores que tem lançado histórias que recontam lendas gregas, conferindo uma abordagem mais próxima das personagens. Já tinha tido curiosidade em pegar nalgum livro dela (sendo que era fascinada por lendas no início da adolescência) e Contra esta casa é o mais recente lançamento, em Portugal publicado pela Topseller. Este volume pegará no mito de Medeia.

O último dos três lançamentos nacionais é a Antologia de Contos Satíricos e Humorísticos Russos, que reúne várias histórias russas, teoricamente com abordagens humorísticas bastante diferentes. Uma leitura que se fará mais lenta, de história em história entre outros livros.
Ainda que não goste de todos os livros de Silvia Moreno Garcia da mesma forma, costuma ser daquelas autoras em que tento ir lendo o que vai publicando – o que nem sempre é fácil porque é uma autora relativamente prolífera, com alguns livros densos. Bewitching é o seu mais recente lançamento, que deverá pegar na onda do tema académico para nos apresentar uma história que atravessa várias gerações. Tem sido um lançamento relativamente bem sucedido e estou algo curiosa para o descobrir.

O primeiro volume da The Legacy Trilogy, The Silverblood Promise, foi uma leitura fantástica agradável, ainda que não esperasse que atingisse o sucesso que atingiu. Achei que em termos de escrita e desenvolvimento narrativo tinha alguns pontos a limar, como algumas coincidências excessivas ou a demasiada centralização de uma personagem. Ainda assim, divertiu-me o suficiente para me convencer a continuar para um segundo volume, The Blackfire Blade, destacando-se pela apresentação de vários episódios de acção com confrontos, fugas e lutas de espadas, havendo elementos fantásticos e, até, talvez de ficção científica, num mundo de contornos medievais.




O terceiro volume deste conjunto, All That We See or Seem, é o primeiro de uma nova série de Ken Liu, o autor de The Paper Menageries, ou da série de ficção científica, The Dandelion Dynasty. Neste caso, este livro é um pouco diferente, tratando-se de uma edição especial da The Broken Binding. Esta série enquadrar-se-á no género de thriller de ficção científica, centrando-se numa hacker que usa as suas capacidades em cibersegurança para descobrir um mistério de realidade virtual.

How to become the Dark Lord and Die Trying de Django Wexler, foi uma descoberta fantasticamente cómica e leve. A premissa é simples e directa – farta de tentar salvar os humanos das hordas de orcs e outras criaturas do género, a personagem resolve tentar, desta vez, comandar o exército dos “maus”, a ver se tem mais saúde e não acaba numa torre de tortura. A história é relaxada e divertida, com pitadas de humor, e ainda que haja algumas piadas repetidas, o resultado surpreendeu-me pela positiva. Eis, então, o segundo volume, Everybody Wants to Rule the World Except Me.
Arboreality de Rebecca Campbell captou-me interesse pelas palavras de João Campos, o autor do blogue Sobreiro Mecânico. Vencedor do prémio Ursula K. Le Guin, parece-me que vai fornecer algo diferente e introspectivo.
O último deste conjunto é o primeiro volume da trilogia Of Blood and Bone, com o título A Time of Dread. É, também, uma edição da The Broken Binding, e vem responder a estar inclinada a explorar um pouco mais a vertente Grimdark da fantasia, tendo até subscrito, recentemente, a Grimdark Magazine.
Entretanto, se reparem, faltam menções de BD. Deverei focar-me numa das próximas semanas nos mais recentes lançamentos de Banda Desenhada, principalmente no que foi publicado no nosso mercado e lançado pelo Amadora BD.



