Malinche, Malina, Malintzin ou Malinalli são nomes para uma mesma mulher que terá tido um papel decisivo na conquista do México por Hernan Cortés.

Possivelmente filha de um nobre de Paynala (local situado entre os Impérios Asteca e Maia), terá sido vendida após se tornar um estorvo aquando da morte de seu pai. Nas mãos dos Maias, Malinalli (pensa-se ser este o seu nome original) voltou a ser dada ou vendida acabando como propriedade dos espanhóis. Jovem, atraente, foi presente a Alonzo PuertoCarrero, que cedo partiu para Espanha. Foi nessa altura que se iniciou como tradutora para Cortes do qual teve um filho.

Baptizada pelo nome de Malina e conhecida como Malintz pelos indios, o seu papel decisivo vem descrito em documentos da época como Verdadera Historia de la Conquista de Nueva España, no qual se refere que sem ela, a conquista não teria sido possível. Teve ainda uma filha de um casamento posterior.

Laura Esquivel, autora de romances como A Lei do Amor, Como água para Chocolate, Tão Veloz como o desejo apresenta um novo romance mexicano que tal como os outros nos transmite a cultura e a magia do povo sul-americano. Mas neste romance dá-nos a conhecer a raiz do povo mexicano, a religião, a mitologia, os costumes e sobretudo a esperitualidade dos povos indios que foram conquistados e submetidos.

A história centra-se sobretudo na figura histórica e controversa que foi Malinche, considerada pelo seu povo como traidora, nomeada de Dona pelos espanhois.

Abandonada pela mãe em pequena, foi criada pela avo, que apesar de cega a inicia no mundo místico dos deuses, dos símbolos e lhe estimula a imaginação sobrenatural.

É uma história interessante pelo conteúdo histórico, mas não chega a ser surpreendente ou arrebatador como outros romances da autora. Uma história curta, com alguns pormenores interessantes mas que deixa muito a desejar.