Tendo já lido diversos livros de Isabel Allende, habituei-me à magia presente em cada frase, ao envolvimento de cada palavra que nos incita a progredir. A histórias conseguem normalmente retratar a vida – há sofrimento, há amor, mas não de uma forma dramático levada ao expoente; simplesmente fazem parte da vida e a fantasia é um modo de ver o que nos rodeia.
A escrita é marcada por um inconfundível estilo sul-americano que mistura o mágico e a dureza da vida, fazendo lembrar outros escritores como Laura Esquivel ou Gabriel Garcia Marquez.
No entanto, A Cidade dos Deuses Selvagens é uma excepção. Este não é um mágico romance ao estilo sul-americano, mas um livro de aventuras, que apesar de distinto dos que já li, possui alguma simplicidade de pensamento e no decorrer das acções. Não está mal escrito, mas pode ser comparado a obras juvenis como Uma Aventura ou Os Cinco.
Concluindo – um livro jeitoso para crianças ou jovens que não deve ser confundido com a restante obra da autora.