57 – Scattered among Strange Worlds – Aliette de Bodard – pequeno volume que contem duas histórias da autora, Scattered Along the Rivers of Heaven e Exodus Tides. Ambas falam de êxodos populacionais derivados de guerras ou desastres ambientais, mas enquanto a primeira é carregada de nanotecnologia, a segunda apresenta-nos uma civilização aquática destroçada. Ambas são boas histórias, mas gostei bastante mais da segunda pela fragilidade e ingenuidade da segunda.
58 – Lisboa no ano três mil – Cândido de Figueiredo – disponibilizado recentemente pelo Projecto Adamastor, é um olhar curioso de Portugal, um relato do futuro para o passado deste peculiar país carregado de tráfego de influências, cunhas e favores, onde os títulos se sobrepõem à obra feita e as promoções sociais são filtradas para que não façam sombra a quem os promove.
59 – The Carpet Makers – Andreas Eschbach – uma das melhores leituras dos últimos tempos. Aparecendo como obra de fantasia, pode ser também enquadrado como ficção científica, centrando-se num planeta onde todo o sistema económico assenta sobre a produção de carpetes de cabelo humano, destinadas a adornar o palácio do Imperador – figura distante e soberana, adorada como um Deus que dá propósito à vida de todos. História a história vamos conhecendo esta civilização e percebendo que existe um vasto império intergaláctico.
60 – Os conjurados – Jorge Luís Borges – pequeno conjunto de contos e versos publicado na colecção Biblioteca de Verão do Diário de Notícias, algumas mais aprazíveis que outras. Claro que algumas são excelentes, mas outras pouco me ficaram na memória.