Melancólico, perseguido pela tragédia inevitável, Hulk é dos heróis que mais se presta a grandes episódios de acção pela demonstração de força bruta onde a reflexão tem pouco lugar e se cede aos mais básicos instintos de violência. Hulk é uma personagem revoltada que precisa de descarregar a raiva explosiva nos momentos que se apresentam propícios.
Porque as suas intervenções se demonstram demasiado destrutivas, os restantes heróis resolvem exilá-lo para um planeta distante onde pensam que poderá libertar toda esta energia demolidora. Desconhecendo o destino para o qual se desloca, Hulk vê-se num planeta onde reina uma ditadura militar, apertada e injusta onde facilmente se acaba como gladiador numa arena, para regozijo do Imperador.
Hulk não é a única personagem poderosa e, de confronto em confronto, sucedem-se as grandes, detalhadas e maravilhosas batalhas que estimulam visualmente o leitor, criando páginas belíssimas e esmagadoras – um planeta alienígena proporciona todas as mais dementes possibilidades e entre monstros gigantescos e horrendos encontramos guerreiros que cruzam as mais animalescas características.
Mas, para além desta espectacularidade visual, Planeta Hulk não é só qualidade de imagem, apresentando uma narrativa com pontos previsíveis no início, mas que consegue enveredar por percursos menos óbvios com o avançar da narrativa.
Ambos os volumes foram publicados em A Colecção Oficial de Graphic Novels, como os números 5 e 9.
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