
Este volume de Tex, publicado em Portugal pela Polvo, leva-nos por uma peculiar aventura, mais centrada no filho de Tex do que no usual herói. A história começa quando um grupo de homens encontra Kit no meio do deserto, inanimado e desidratado, levando-o consigo. As intenções deste grupo não são, no entanto boas, atacando, de seguida uma caravana. Do ataque sobrevive uma rapariga que o chefe pretende guardar para si. Prisioneiros, Kit e a jovem tornam-se amigos, percebendo que, no grupo, nem todos são assassinos duros e impiedosos.
Paralelamente, Tex e o seu parceiro Carson são encarregues de investigar os recentes ataques a caravanas: os bandidos atacam sem deixar rasto e parecem saber sempre quando alguém vai atravessar o deserto. A dupla começa por tentar localizar um sobrevivente de um desses ataques, mas quando finalmente chegam a sua casa encontram-no morto.
A narrativa prossegue, intercalando várias personagens: o índio parceiro de Kit que o procura, a dupla Tex e Carson, Kit e a jovem enquanto prisioneiros, ou até, alguns dos bandidos. Esta abordagem dá-nos uma perspectiva mais abrangente dos acontecimentos, prosseguindo até ao final em que as coincidências fazem parte do destino das personagens.
A história é envolvente e interessante, sem se tornar excepcional, mas tornando-se numa boa história de Tex. O desenho é detalhado e um dos pontos altos deste volume, focando-se ora em expressões, ora em paisagens. O resultado é uma boa leitura, mais complexa do que algumas outras obras Tex pela forma como se foca em diferentes pontos de vista. Este Tex foi publicado em Portugal pela Polvo.
Mais uma excelente análise TEXiana, cara Cristina Alves.
Parabéns e que venham mais leituras críticas de sua parte.