9 – O que lêem os escritores – Vários autores – Este volume reúne textos de vários escritores onde cada um refere o que lê. Ou pelo menos parece que este seria o objectivo. Na realidade, a maioria dos escritores resolve falar de tudo menos de livros ou de um livro em específico, optando por falar de viagens ou de recordações em torno de um determinado livro. Alguns lá arranjam forma de dizer algo do livro no meio destas deambulações. Alguns, mais raros, lá falam dos livros que lêem. O resultado foi, sobretudo, decepcionante;

10 – Autópsia – João Nuno Azambuja – Eis um livro de ficção científica apocalíptica que nos leva a presenciar o mundo na sequência das alterações climáticas. O nível das águas subiu e uma única ilha parece substituir, onde se encontra uma cidade humana e o que restará da espécie. Bem, na realidade, parece existir uma outra ilha onde vivem muitos poucos humanos – talvez o pico dos Açores? A acção decorre sobretudo na cidade humana, apinhada de gente e em risco de se afundar completamente. Devido à falta de espaço vários casais partilham apartamentos, e um atirador anda à solta, eliminando pessoas, uma a uma. Com a lógica do pão e circo, existe um espectáculo onde as pessoas podem expressar toda a sua frustração. É neste ambiente que um navegador parte à procura da tal outra ilha, como forma de fazer sobreviver alguns seres humanos. A narrativa centra-se sobretudo no desenvolvimento de personagens e relacionamentos, resultando numa leitura, por vezes, pausada;

11 – Made in Abyss – Vol. 1 – Akihito Tsukushi – Este primeiro volume apresenta-nos Riko, uma criança órfã que vive naquilo que parece ser um mundo pós-apocalíptico. Neste mundo existe uma cratera gigante, explorada por vários grupos, entre os quais se destacam os apitos brancos – os que se aventuram a maiores profundidades. As expedições trazem consigo relíquias, pedaços de tecnologia de função variada. Filha de uma apito branco, Riko pretende seguir as pisadas da mãe e tornar-se uma mítica exploradora;

12 – Chernobyl: A queda de Atomgrad – Matyas Namai – Não é a única banda desenhada explicavativa do que aconteceu em Chernobyl, ainda que comparando com a série e com outras leituras, seja mais crítica e negativa em relação ao governo russo da época. Para além dos problemas de modelo da central nuclear, terão existido alguns detalhes negligentes na construção o que teria resultado na inexistência dos usuais planos de contingência. É uma história de não ficção, muito focada em apresentar a catástrofe e as suas consequências.