Principal defeito – ser curto. Em Ermal revela-se um mundo pós-apocalíptico em que a Guerra Fria levou à devastação do hemisfério norte com fogo nuclear. No caso de Portugal, os portugueses fogem para o Ultramar e nos países africanos defrontam-se velhos e novos poderes.
É nesta realidade que um homem é capturado e acaba por se aliar a uma misteriosa mulher que lhe promete uma saída caso a ajude com o seu plano. As hipóteses são poucas e o homem cede.
Retratando uma realidade de múltiplos confrontos onde vários interesses se entrelaçam, Ermal parte de uma premissa interessante para entregar uma pequena história muito terra a terra, com potencial para mais desenvolvimentos.
Sente-se a pressão da constante possibilidade de violência e a força das pequenas guerrilhas. Percepciona-se, em simultâneo, a tentativa de reconstrução e de evolução de uma sociedade, que se confronta com puras tentativas de destruição e ganância.
Ermal foi publicado pela Escorpião Azul.