217 – Arde Cuba – Agustín Ferrer Casas – Uma história muito movimentada que retrata os tempos conturbados de Cuba, mostrando uma dupla ligada ao cinema que pretende usar esta situação. Os acontecimentos acabam por ser retratados nos dois lados, mas o centro da narrativa são as aventuras da dupla, que se confronta com máfias e revolucionários, em episódios ligeiramente cómicos;

218 – Karmen – Guillem March – Apesar de não ter desgostado do anterior livro deste autor, achei este bastante superior. A narrativa leva-nos a acompanhar uma jovem após o seu suicídio, antes de entrar numa próxima encarnação. A seu lado encontramos uma entidade que tem como função ajudar nesta transição mas que não estará a cumprir inteiramente o seu papel… pelo menos não como as suas chefias o visualizam. Uma narrativa envolvente que evolui de forma interessante. Muito bom;

219 – A solidão do executivo – Hernán Migoya e Bartolomé Seguí – Segundo volume que segue Pepe Caravalho, um detective. Visualmente interessante, tem alguns episódios que não me convenceram em termos lógicos na investigação do caso. Lê-se bem, tem um bom ritmo, mas não me fascinou por demais;

220 – O Diário de K. – Filipe Abranches – Uma abordagem algo experimental que cruza obsessão amorosa com escárnio social, resultando numa leitura curiosa. O desenho, que começa com algum nível de detalhe, evolui para jogos de sombras e contrastes a negro, como uma queda para a loucura. Uma abordagem curiosa que nos leva para fora da zona de conforto.