85 – Orbitral – Samantha Harvey – Confesso que tinha altas expectativas para este livro. Há várias críticas positivas de referências conceituadas e há, claro, o Booker Prize, e as nomeações para os prémios Goodreads e Ursula K. Le Guin. O livro leva-nos a uma missão espacial em torno do planeta terra, onde se percebem alguns detalhes políticos e sociais curiosos. A escrita é mais poética do que factual, e mesmo a exploração das personagens é um misto entre superficial e exploração de momentos íntimos. Não me convenceu e terminei-o mais à força do que com vontade;
86 – O caso Alan Turing – Arnaud Delalande – Génio matemático, Alan Turing teve um papel essencial no descodificar das mensagens inimigas durante a Segunda Guerra Mundial, desenvolvendo métodos e máquinas de descodificação que permitiam usar a informação para tecer estratégias com sucesso. Mas Alan Turing era homossexual e esse mero detalhe irá causar a sua ruína. A história apresenta estas facetas do matemático, mostrando como os seus sacrifícios se tornam irrelevantes perante um detalhe pessoal;
87 – How to become the Dark Lord and Die Trying – Django Wexler – O título e a descrição auspiciavam algo que fosse divertido ou irónico e não falhou em cumprir. Ainda que o humor e os comentários irónicos não sejam tão apurados quanto os de Terry Pratchet ou os de Jonathan L. Howard (em Johannes Cabal) é uma leitura fantástica e divertida que aconselho a quem goste da mistura. O detalhe mais negativo será o fim – é que este volume faz parte de uma duologia e em lado algum tinha percebido que a história termina apenas num segundo volume pelo qual vou ter de esperar. A premissa é simples – uma humana acorda num reino fantástico e é direccionada por um mago para salvar os humanos de um Dark Lord que se ergue com hordas de criaturas. Sempre que morre a humana renasce no mesmo momento. Várias vidas depois (algumas mais longas, outras bastante curtas) e farta de acabar torturada por um minion do Dark Lord, a humana resolve mudar a estratégia e tornar-se ela o Dark Lord. Sempre será uma linha mais segura de acção;
88 – Spy family – Vol. 8 – Tatsuya Endo – A história da família repleta de segredos prossegue, desta vez levando-os a um cruzeiro. A mãe, uma assassina em segredo é contratada pelos seus serviços e a criança ganha dois bilhetes (para ela e para o pai). O que seriam um misto de férias em família resulta numa sequência de episódios de confrontos, onde vemos a mãe em plena acção e o pai numa postura mais relaxada. A história continua a apresentar episódios divertidos que refrescam a premissa e tornam a série numa leitura agradável, ainda que não totalmente excepcional.