Esta aventura de Astérix, publicada em 2005, não me encheu as medidas. Decididamente. Por um lado traz-nos a dupla de heróis, Astérix e Obélix, o que me desperta o bichinho da nostalgia. Por outro, cruza os gauleses com alienígenas, transformando a aventura numa reinterpretação de super-homens com vilões sedentos de poder.

Astérix e Obélix deambulam pela floresta quando se apercebem que algo está errado. Todos os seres em seu redor estão estáticos. Chegando à aldeia encontram o mesmo problema. Todos os habitantes parecem congelados. Mas então porque é que o efeito não os afectou a eles, Astérix e Obélix? A resposta estará, claro, na poção mágica.

É com esta descoberta que surge um estranho objecto circular nos céus, que baixa até à aldeia Do seu interior sai um pequeno alienígena roxo que tem algumas ideias para a poção mágica dos gauleses. Acompanham-no uma série de clones de super homem, criaturas de força mas de pouca inteligência que desempenham as tarefas mais pesadas.

Este cruzamento dos gauleses com alienígenas traz à história uma aura que não é usual nos livros de Astérix, colocando-o, na minha opinião, entre os volumes mais fracos da série. Por um lado não deixa de ser interessante a tentativa de quebrar com a fórmula usual. Mas por outro, demonstra porquê que a fórmula funciona com os fãs da série.

Astérix é publicado em Portugal pela Edições Asa.