Os modelos matemáticos são muito utilizados hoje em dia – para prever resultados, para explicar fenómenos; e em praticamente todas as áreas da ciência – química, física, biologia e por aí fora.

Mas será que os modelos matemáticos ao serem abstractos, podem fazer com que a ciência se debruce sobre campos irreais ou não percepcionados pelo Homem? Sobre o perigo dos modelos matemáticos, saiu um interessante artigo na Science

Mathematics is at root a formal description of orderliness, and since the universe is orderly (at least on scales of space-time and mass-energy, which are within our power to observe), it should come as no surprise that the real world is well modeled mathematically. The mistake comes in turning this relationship on its head and expecting that every sequela of a mathematical model enjoys some real-world counterpart.

Lá porque um modelo se aplica à realidade conhecida, as suas outras resoluções possíveis não têm necessariamente de dilenear o que não se explorou.

E a dissertação na Science continua, relacionando a crença cega nos modelos com a visão antropomórfica e consequentemente com a especulação teológica que daí advém.

Com as novas teorias, alguns resultados são obtidos com base no que seria necessário para se originar vida, e não por observação. Isto traz alguns problemas, pois se nem todos os pressupostos estiverem correctos, apenas leva a um acumular sucessivo de erros.

Aqui fica mais um excerto deste interessante artigo

“We no longer have any evidence that our little piece of the universe is representative of the whole thing,” Susskind argues. And if the universe is not everywhere the same, then the properties of nature that physics has tried to specify would differ from place to place. “Once we agree that it’s diverse, then some features of it are environmental,” he says. “We have to figure out which ones.”

Mas falando em Teologia e em Ciência, surgiu agora um livro que parece interessante, do mesmo autor de Gene Egoísta

Richard Dawkins, who holds the interesting title of “Charles Simonyi professor of the public understanding of science” at Oxford University, is a master of scientific exposition and synthesis. When it comes to his own specialty, evolutionary biology, there is none better. But the purpose of this book, his latest of many, is not to explain science. It is rather, as he tells us, “to raise consciousness,” which is quite another thing.

Mais sobre o livro pode ser lido no NYTIMES