Professor universitário e escritor (entre outras coisas), Nuno Júdice foi um dos convidados desta sessão de Recordar os Esquecidos, evento que decorre todos os meses na Livraria Almedina do Saldanha. O outro convidado foi Jorge Silva, designer editorial com um vasto currículo em várias vertentes da sua profissão.
A sessão iniciou-se com referência, por Nuno Júdice, a António Patrício, mais especificamente ao livro de contos Serão Inquieto, de onde se destacaram os títulos Diálogo com uma águia, O Homem das Fontes, e Suze. Entre a leitura de trechos de Diálogo com uma águia, houve referência a um outro autor, Teixeira Gomes.
De seguida, Jorge Silva apresentou o livro João da Câmara Leme onde se apresentam algumas das capas mais conhecidas do capista da Portugália.
Regressando às recomendações de Nuno Júdice, relembra-se Irene Lisboa com livros como Solidão, o segundo volume que já terá sido publicado com o próprio nome, ao contrário do primeiro, sob pseudónimo, João Falco.
O esquecido seguinte foi Domingo Vamos à Luz, o primeiro livro da editora Pato Lógico, que, ao contrário de todas as perspectivas e parcerias com o clube de futebol, foi pouco vendido.
O próximo mencionado foi Ruben A. com Caranguejo, Cores (neste cada capítulo é uma cor), Um Adeus aos deuses e A Torre de Barbela.
Após Jorge Silva contar uma história em torno da capa de Ilusão de Luísa Costa Gomes, seguiu-se a referência de Nuno Júdice a Arte de ser Português de Teixeira de Pascoaes, uma crítica ainda actual à sociedade portuguesa.
Seguiu-se o esquecido O Amor em Portugal no Século XVII de Júlio Dantas, com leitura de algumas peculiares passagens que suscitaram grande curiosidade.