No sexto volume de Saga voltamos a encontrar a família mais improvável de sempre – Marko e Alana eram dois soldados de fracções opostas, duas civilizações que guerreiam há séculos, opondo magia e ciência, que se apaixonaram e deram origem a Hazel, um símbolo de união que põe ambos os lados a persegui-los por toda a galáxia.

De peripécia em peripécia, de planeta em planeta, fugindo de militares robots e mercenários sanguinários, a família sobrevive, mas separada. Alana e Marko estão juntos, mas numa tentativa de salvar a criança, a avô está com Hazel numa prisão para prisioneiros de guerra, escondendo as asas das costas de Hazel que a denunciariam como o resultado de uma união impossível.

Aproveitando o clímax violento atingido no anterior volume, este é mais pausado e move as personagens para novas posições onde será possível uma nova dinâmica. Os dois jornalistas que foram forçados a largar a investigação da existência de Hazel percebem que podem retomar, Hazel irá deixar a avô e o príncipe robot será envolvido numa nova tentativa de reunir toda a família.

A premissa de Saga pode não ser totalmente original (família separada pela guerra, um amor que ultrapassa a barreira de povos inimigos de longa data, a geração de uma nova pessoa que representa a união impossível) mas a forma como a explora, caracterizando de formas bastante distintas cada civilização e, sobretudo, os episódios hilariantes e imaginativos transformam a série numa excelente banda desenhada de ficção científica.

Série vencedora de vários prémios Eisner, Goodreads, Hugo e Harvey, entre outros, Saga está a ser publicada em Portugal pela G Floy.