Depois de um primeiro volume sublime, este segundo dedica-se sobretudo a avançar as várias linhas narrativas, demonstrando a concretização subversiva da profecia em cenários de fazer cair o queixo.

Enquanto a Morte procura a localização do filho, seguindo pistas que o levam a sucessivos confrontos com indicações dúbias e finais sangrentos, acompanhamos um grupo de poderosos que tudo faz pelo cumprir da profecia, até deixar o próprio filho transformar-se num monstro.

Paralelamente assistimos ao estado da degradação das sociedades humanas, em que é possível comprar quer políticos, quer juízes, realçando-se que existirão mais juízes comprados – não que sejam piores seres humanos que os políticos, mas por serem mais baratos.

Tal estado social causa revolta e não é de estranhar que se sucedam os casos de violência e revolta, que aumentam com o acumular da tensão resultante da injustiça e da pobreza de espírito.

Sem o factor surpresa do primeiro volume, este segundo mantém os mesmos elementos, prosseguindo lentamente com as várias linhas narrativas em cenários extraordinários, quer pela imensidão, quer pelos elementos fantásticos. Mais pausado, não provoca o mesmo impacto no leitor mas mantém um bom nível de qualidade e interesse para os volumes seguintes.