Futurista, mirabolante, com uma pitada de tragicidade, e muitos estrondos, o primeiro volume de Imperatriz apresenta-nos uma ficção científica dentro do género da Space Opera de cores vibrantes e cenários variados, com personagens fortes que se conseguem afastar dos estereotipos iniciais.

O início quase parece típico – uma mulher pretende afastar-se do marido violento pois teme pela sua vida e a dos seus filhos. Ao contrário do marido, o filho não é um guerreiro e gosta de se deixar levar pelos livros. Mas o marido não é um homem qualquer, antes um Imperador cruel que derrotou vários outros guerreiros. Decerto que a fuga pela Galáxia irá levar a uma elevada recompensa pelo seu retorno.

A Imperatriz não está sozinha nos seus planos de fuga. O guarda costas da família, que tem, como principal função, o dever de proteger a Imperatriz e os filhos, irá ajudá-los, activando contactos de cariz duvidoso,  com acesso a  naves e armas de elevado potencial. Bem, nem tanto. O contacto aguardou num planeta carregado de oportunidades de jogo e perdeu a nave que os deveria transportar para longe do Imperador, pelo que agora terão de recorrer a artimanhas para se afastarem.

De planeta em planeta o grupo vai enfrentando vários e diferentes perigos, ultrapassando-os com a utilização das capacidades de todos os elementos – se a filha mais nova é uma guerreira nata, o filho mais novo é um rápido e inteligente inventor, capaz de usar sucata para construir os mais diversos equipamentos. Já a Imperatriz é uma mulher de passado obscuro que, afinal, possui grandes capacidades escondidas.

Carregado de acção, Imperatriz consegue desenvolver estereótipos e quebrá-los no momento certo, tornando a narrativa surpreendente e envolvente. Do ponto de vista visual a diversidade de planetas permite a exploração de diferentes cenários, oscilando entre cidades futuristas e sobre populadas com planetas gelados onde habitam monstros em vias de extinção. A conjugação destes diferentes elementos fazem de Imperatriz uma leitura quase frenética, onde se destacam alguns detalhes originais de ficção científica e a multiplicidade de cenários.

A série Imperatriz é publicada em Portugal pela G Floy.