205 – The Daughter’s of Ys – História baseada numa lenda sobre o desaparecimento, nas águas, de uma fabulosa cidade. A narrativa torce um pouco alguns elementos para tecer uma história de conflito familiar onde se exploram vários aspectos das relações, enquanto altera a lógica da magia e do custo de a usar. Visualmente usa alguns elementos naive que não serão do gosto de qualquer um;
206 – Três Contos – Três histórias de Umberto Eco que podem ser consideradas como sendo de ficção científica. Ainda que sejam parábolas à humanidade, são exercícios que concretizam o que de melhor existe na ficção científica – o uso de alienígenas para colocar em perspectiva a empatia e os relacionamentos entre humanos; de uma forma inteligente e irónica. É uma boa leitura, mas a razão entre o tamanho do livro e o preço poderá ser um tema para muitos leitores (é um livro muito, muito pequeno) e não considero que as ilustrações acrescentem um valor justificativo;
207 – Umbigo do Mundo – Penim Loureiro é um autor de banda desenhada reconhecido por conseguir tecer fabulosos desenhos. Carlos Silva é conhecido no meio da ficção científica como uma das novas melhores vozes e como editor da Imaginauta. A união de ambos para construir Umbigo do Mundo só poderia trazer algo bom. O visual é fabuloso, a narrativa é movimentada e aguardo ansiosamente pelos próximos volumes;
208 – O combate quotidiano – Um murro no estômago. Apesar da aparente boa disposição, a narrativa segue um jovem fotógrafo com crises de ansiedade. O pai está com Alzheimer em estado avançado e a mãe cuida dele. O relacionamento com a família não é, no entanto, dos melhores e o jovem fotógrafo decide isolar-se numa casa no meio do nada como forma de gerir a sua ansiedade. Felizmente, estas barreiras serão quebradas por algumas pessoas, sendo que o fotógrafo irá revelar uma intensa dificuldade em aprofundar laços e assumir responsabilidades. Uma leitura excelente em vários níveis;
209 – Belo Horizonte – Miguelanxo Prado fala da cidade brasileira enquanto procura inteirar-se e entrar no negócio das pedras preciosas. Pelo meio estabelece relacionamentos, fascina-se por uma mulher assombrosa e descobre labirintos urbanos. A narrativa é interessante, mas são as ilustrações que se revelam o ponto alto do livro;
210 – Então tudo cai – Blacksad 6 – Novo volume de Blacksad que será a primeira parte de uma história. O visual continua a ser o fabuloso a que esta série nos tem acostumado, mas a narrativa revela-se um pouco mais complexa (e talvez por isso a necessidade de a explorar em dois volumes). Muito bom.