– O Mago – Aprendiz – Raymond E. Feist – Do autor conhecia apenas Talon of the Silver Hawk, uma história engraçada mas medíocre. Felizmente não deixei que a opinião do livro anterior me afastasse daquele que é considerado um dos melhores livros de Feist. Ainda que a história se centre num jovem que se torna aprendiz de mago, afasta-se da personagem quando começam a aparecer, no ducado, estranhos guerreiros provenientes de um mundo paralelo. Conseguindo ultrapassar os clichés que o compõem, tornou-se uma leitura viciante.
– O Mago – Mestre – Raymond E. Feist – Este é o segundo volume de O Mago, em que assistimos à entrada, na vida adulta das duas crianças que acompanhámos em Aprendiz: Tomas e Pug. Talvez para acompanhar as personagens, a história torna-se mais sombria e introspectiva, com uma visão menos inocente do mundo, existindo lugar para a traição, a injustiça e a morte: Feist não poupa as personagens que criou. Com o afastamento das personagens e a mudança no tom, achei que a leitura em Mestre não é tão compulsiva quanto em Aprendiz.
– The Golden Age – Michal Ajvaz – Bastante diferente do anterior livro do autor (The Other City), apresenta-nos uma sociedade desconfortável que se baseia no momento, e onde o imaginado se torna tão palpável quanto o real: os rumores são tão credíveis quanto os factos, as regras dos jogos mudam constantemente, e os livros sofrem alterações a cada leitura. Uma das melhores leituras deste ano, que tem como única falha, talvez devido à sua extensão, parecer, por vezes ser pouco coeso.
– Amarcord – Zoran Zivkovic – Este volume reúne histórias num mundo em que a memória é algo que se pode comprar, vender ou perder facilmente. Vírus podem provocar perda de memória, ou esta pode ser retirada a um criminoso, como forma de o reintegrar na sociedade. Na última história, todas as anteriores se interligam de forma fascinante. De realçar que existem inúmeras referências a outros livros, e cada história tem como título o de uma obra conhecida.
– O Verdadeiro Dr. Fausto – Michael Swanwick – entre a ficção científica e o fantástico, a história debruça-se sobre um Fausto que tem acesso a todo o conhecimento através de um contacto extra-terrestre. Este contacto tem como objectivo acelerar o desenvolvimento científico de forma a que a espécie humana se extinga mais rapidamente com o acesso a armas de destruição massiva. Depositando fé na espécie humana, Fausto aplica os conhecimentos a que tem acesso para seu próprio proveito, manipulando os que o rodeiam e enriquecendo com as invenções.
– City of Ruin – Mark Charan Newton – Depois de ler Nights of Villjamur fiquei em expectativa para ler o continuar da história: o primeiro volume apresentou um mundo fantástico peculiar através de diversas linhas narrativas com personagens bastante fortes. City of Ruin ainda não terminei, mas até agora continua com os pontos fortes do primeiro volume, não se resumindo a ser uma continuação da história, tendo sido introduzidas algumas novidades.