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Num mundo onde não existem humanos mas comunidades mistas de animais inteligentes, capazes de construir cidades suspensas, o declínio da magia põe em risco a ordem e a existência da realidade que conhecem. Num golpe de desespero unem forças e feitiços para trazer o mítico guerreiro que terá criado a magia no seu mundo.

O que recebem é um animal sem pêlos nem garras de fala desconhecida e sem roupas – um guerreiro humano. Corajoso mas desconhecedor da magia este guerreiro ajuda-os a lutar contra os restantes animais que, querendo o que resta da magia, tentam invadir a cidade caída.

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Utilizando o poder das imagens para contar uma história, The Autumnlands apresenta-se como uma fantasia clássica num mundo imaginário que aguarda um herói para garantir a manutenção da sociedade tal como a conhecem. Claro que, pelo meio, surgem os que, descrendo o herói, procuram outros caminhos, alguns egoístas, outros bem intencionados mas catastróficos que dão à demanda o tom desesperado da inevitabilidade.

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Baseando-se em longos textos que apresentam e enquadram cada capítulo (mais longos do que é usual na banda desenhada) The Autumnlands apresenta uma narrativa coesa e de ritmo pausado, pontuada por bons e rápidos momentos de acção que transformam, em poucas páginas, a história.

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Sem assentar apenas no aspecto visual para contar a história, este volume destaca-se pelas imagens detalhadas onde se alternam planos e perspectivas que dão uso ao foco para realçar os elementos responsáveis pela acção. O resultado são várias excelentes composições do ponto de vista gráfico que dão suporte a uma boa história fantástica que, sem dúvida, seguirei nos próximos volumes.