O terceiro volume de Velvet fecha a aventura que faz esta perigosa espia regressar ao activo, deixando o lugar pacífico de secretária e revelar-se mais competente do que os agentes convencidos que diariamente a tentam seduzir. Ao tentar descobrir a trama por detrás da morte de um colega (dado como traidor) desenterra antigos fantasmas, e desenrola esquemas que não contava desvendar.
Sombrio, demonstra um pouco a solidão de Velvet que não pode confiar verdadeiramente em ninguém e que descobre que a sua vida pessoal foi destruída por um capricho da agência em que os agentes são colocados rotineiramente uns contra os outros.
Manipuladora, por vezes manipulada, Velvet é uma agente competente que não recebia prosseguir a investigação pondo em risco a própria vida. Sucedem-se cenas tensas de acção e confronto psicológico em que Velvet demonstra alguns sinais de cansaço mas ainda assim dá a volta à situação – não sem algumas mazelas.
O enredo é engenhos e, apesar dos episódios de acção, apresenta-se uma história mais introspectiva do que seria de esperar, talvez devido ao carácter analítico da personagem que tece constantemente planos e novas teorias.
A história termina neste terceiro volume com um fim composto mas algo esperado, senão, até, cliché, em que a aparentemente simples morte de um agente se revela uma trama bem maior.
A série Velvet foi publicado em Portugal pela G Floy.
Por acaso é uma série que me surpreendeu pela força da visão introspectiva da personagem (ainda só li os 2 primeiros volumes ).