9 – A Vida é Bela Se não Desistires – Seth – Enquanto a vida prossegue, Seth está num loop em que parece sabotar-se a si próprio. Os relacionamentos que inicia quebra-os afastando-se sem justificação, e de tempos a tempos vai a casa da família onde tudo parece estagnado – as mesmas interacções, os mesmos momentos repetem-se a cada visita. Em paralelo, a personagem cria uma obsessão por um desenhador obscuro que terá vendido umas curtas de banda desenhada à New Yorker. Um volume introspectivo onde a personagem deixa passar a própria vida para se tornar obcecado pela vida de terceiros;

10 – Korrigans – Vol. 3 – Mosdi e Civiello – Como já tinha referido noutros momentos, quando esta série foi lançada recordo-me de olhar para os desenhos e fascinar-me numa FNAC. Vários anos depois e alguns dos volumes adquiridos, a opinião é dúbia. Talvez datados, os desenhos são excessivamente luminosos criando alguma confusão visual e, ainda que alguns momentos sejam fabulosos em visual, a narrativa está carregada de clichés e momentos comuns que não enaltecem o conjunto. É de tal forma pouco memorável que o li pela segunda vez sem me ter apercebido….

11 – Planet Paradise – Jesse Lonergan – Um pequeno volume da Image com uma história de ficção científica que me surpreendeu positivamente. A história começa com um momento quase banal em que um casal de namorados se decide a passar as férias num planeta distante, viajando para tal numa nave, adormecidos. Mas a viagem não corre bem e a nave acaba por cair num planeta com vida selvagem hostil. A história está carregada de pequenas ironias, onde usa alguns preconceitos para crítica e reversão, ao mesmo tempo que apresenta um herói incomum e incógnito;

12 – The Emerald Circus – Jane Yolen – Aqui há uns anos li uma coletânea de histórias desta autora (How to Fracture a Fairy Tale) onde a autora pega nalgumas histórias clássicas e apresenta textos críticos e reverte conceitos. Neste volume a autora pega em histórias de outros autores como O Feiticeiro de Oz ou Peter Pan, para criar novas versões curiosas. Tal como o volume que li anteriormente, é um conjunto inteligente, carregado de elementos comuns mas reinterpretados ou com uma nova perspectiva. Algumas histórias são brutais, outras têm menos impacto.

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