
Esta história apresenta o surgir de Harley Quinn. Antes de ser a companheira de Joker era uma personagem solitária, sem amigos (ou só com uma amiga), com uma família distante e sem relacionamentos profissionais (resultado dos rumores de colégio que ninguém esqueceu).

O primeiro encontro com Joker acontece numa noite movimentada em que o vilão poupa Harleen – algo raro que a levará a focar-se nesse encontro de terror no decorrer do seu próximo projecto de psicologia. Curiosamente, este projecto será financiado pelo Sr. Wayne e levará Harleen a contactar com Joker, preso em Arkham.

O projecto de Harleen tem como princípio a possível recuperação de todos os criminosos e levarão a jovem a contactar com os criminosos loucos de Arkham bem como com os polícias, numa altura de pesados confrontos entre eles.

De criminoso em criminoso, Harleen entra numa espiral de exaustão – vários cafés por dia e poucas horas de sono. Esta ansiedade aumenta com o aproximar do último criminoso – Joker. Harleen percebe rapidamente, acedendo ao material dos anteriores psicólogos, que Joker vai inventando duras histórias pessoais para justificar as suas motivações.

Mas aquilo que realmente cativa Harleen é a crença de que todos os habitantes de Harkham se encontram a um passo da loucura assassina. Esta crença, contrária às ideias de Harleen, parece ser suportada pelos acontecimentos que se sucedem.

Visualmente este volume é bastante forte. As faces são expressivas e as posses significativas, dando-se especial destaque às personagens e à forma como interagem entre si. Este primeiro volume não possui muitas cenas de batalha, reduzindo-se a uma, àquela a que assiste Harleen.

Não é, portanto, um volume carregado de acção, apesar de se mover bem. É, sobretudo, um volume de desenvolvimento de personagem, que pretende explicar como uma jovem se pode tornar a companheira do Joker, e como pode passar de uma jovem isolada a criminosa.

Harleen foi publicado em Portugal pela Levoir.