E eis que se chega ao quarto e último volume da série I Hate Fairyland, numa série de qualidade saltitante. Se o primeiro volume me cativou pelo conceito original carregado de humor negro que deturpa todas as histórias de reinos fantásticos de uma vez, já o segundo não tinha trazido grande novidade. O terceiro consegue dar a volta ao conceito e estimular a leitura até ao final, mas este quarto volume é pouco coeso e confuso, terminando de forma pouco satisfatória e, até, abrupta.

Gertudes está no inferno! Mas não é um inferno qualquer, antes o inferno da Fairyland, carregado com os que ela matou durante as suas viagens pelo território fantástico – e que, teoricamente, a irão atormentar. Mas se tal já não é novidade, nem o melhor castigo, que tal enviar Gertrudes para casa? Ou melhor, uma versão da sua casa.

Paralelamente, Larry desespera. Sem a companhia de Gertudes as viagens mirabolantes suspendem-se e Larry procura uma nova ocupação. Por outro lado, Duncan Dragon, que trabalha agora como distribuidor de encomendas, assiste ao surgir de um monstro que ameaça toda a existência do território mágico!

Em termos visuais, I Hate Fairyland continua com o contraste entre as cores fortes em personagens fofinhas e os episódios violentos, tão típicos desta série. As personagens das terras fantásticas continuam a demonstrar uma lógica própria que deixa qualquer criança humana em maus lençóis, com rimas e leis de interpretações várias e missões impossíveis.

Apesar de manter os traços gerais da série, este volume é, na prática, um final para a série. Existe, claro uma grande batalha final e, após esta, a história é fechada abruptamente, com um final cortante e pouco satisfatório.