Existem pedaços de músicas que conseguem trazer-nos todos os sentimentos possíveis e imaginários à memória. Torrentes de sentimentos em poucos instantes – trazem-nos uma lágrima numa nota ou um sorriso aos lábios na próxima entoação. Correm lembranças do que somos, do que fomos. Lembranças de nós próprios e dos outros que por nós passaram.

Não apetece respirar. Apenas suster para não estragar a música. Ou então, respirar com o instrumento de cordas que por detrás se faz ouvir.

Fechar os olhos para nos deixarmos invadir, e para deixar correr as teclas por entre os dedos. Mas devagar. Para não se sobrepor à música, para não se fazer sentir na pele como aquela palavra dita de forma especial.

Há músicas assim, com as quais nos identificamos qualquer que seja a altura da nossa vida, que nos lembram de nós próprios, que nos lembram dos outros que fazem e fizeram parte da nossa vida. Com alguma melancolia sim. Mas sem tristeza. Life is what it is.

Pale White – Yann Tiersen

Este foi o momento sentimental do blog. Porque sim. Apeteceu-me.

Mr Haley turned and said
You must not cry now
Crossed the ocean
For his love
To bring her falter

And his chest beat like a wolf
To bring her home
And his chest beat like a wolf
To bring her home

Nobody will come dance
Will come dance upon our grave
Nobody will come dance
Will come dance with us

Her face’s so delicate and bright
In alabaster

And his chest beat like a wolf
To bring her home
And his chest beat like a wolf
To bring her home

And if ever you try to sever
All the things we’ve come to know
And if you ever try to sever
All the things we know

Nobody will come dance
Will come dance upon our grave
Nobody will come dance
Will come dance with us

Imagem de Richard Stenhouse