193 – Alef-thau – Vol. 1 – Saga fantástica de Jodorowsky que pega nalguns clichés do género – como o escolhido que terá de se superar e ultrapassar várias etapas. Como ponto altamente negativo, deixo o tipo de letra usado que dificultou imenso a leitura. Como ponto médio, os desenhos toscos. Possui alguns elementos típicos de Jodorwsky, principalmente no que diz respeito à magia usada e à interligação entre fantasia mágica e ficção científica.
194 – A memory called empire – Arkady Martine – Uma boa leitura, mas que me recordou demasiado outras histórias. Neste livro, uma jovem concretiza o sonho da sua vida tornando-se diplomata e viajando para a capital do Império! Carregando no seu cérebro o seu antecessor, rapidamente descobre na capital que o momento é de tensão, levando-a a navegar por um mar de subtilezas alienígenas enquanto investiga um crime. A leitura é fluída, mas a narrativa centra-se demasiado na perspectiva da personagem principal – o que pode não ser um problema noutras histórias, mas que aqui diminui o entendimento de alguns acontecimentos;
195 – The Calculating Stars – Mary Robinette Kowal – Numa realidade alternativa, um meteoro atingiu a terra em 1952, provocando alterações climáticas fortes que colocam uma data fim na vida neste planeta. Pelo menos para os humanos. Motivados por este facto, a humanidade esforça-se para antecipar as viagens espaciais. A história é contada pela perspectiva de uma piloto de guerra que, já tendo sido descriminada como mulher, vê-se agora como computador (nome dado às pessoas que realizavam os cálculos para as viagens espaciais) ao invés de possível astronauta. A história é boa, mas tem momentos mais pausados que não lhe permitem ser muito fluída;
196 – La Muralla – Josep Maria Bea – Abismado por uma afirmação de que os gatos não seriam muito inteligentes, o autor decide-se a criar uma história colocando os gatos como personagens principais, a par com os humanos. O tom é um pouco experimental, levando as personagens para cenários impossíveis, suspensos das leis da realidade e do tempo. Visualmente, é muito bom.
197 – A Little Girl – André Caetano – Pequeno livro a preto, branco e vermelho que transforma a história do capuchinho vermelho. Não existem palavras (não é necessário), mas a cadência e detalhe dos desenhos fazem todo o trabalho narrativo. O resultado é bom, mas curto.
198 – Las Ciudades Oscuras – El Eco de las Ciudades – Volume da fabulosa série de Schuiten-Peeters que nos apresenta o jornal deste mundo fantástico, mostrando a forma como, através de patrocínios, acabou por se desvirtuar e passar a estar dependente de terceiros. Ao longo das várias notícias apresentam-se detalhes de histórias de outros volumes sobre uma outra perspectiva. Uma leitura curiosa que provavelmente me fara rever alguns dos outros livros da série.