
Depois de Tony Chu, eis Chu! Trata-se, portanto, de uma nova série passada no mesmo Universo e seguindo, neste caso, a irmã criminosa de Tony Chu. Tal como a série Tony Chu, esta é lançada pela mesma editora, G Floy. Já tinha lido parte deste primeiro volume, na edição original, mas voltei a reler agora com este lançamento.
A história
O volume abre numa época anterior à série Chew (em Portugal publicada como Tony Chu), mostrando o anterior parceiro do polícia, e focando-se bastante mais nas relações familiares da família Chu, mais especificamente numa das suas irmãs que terá seguido o caminho do crime. Enquanto a história se foca no caso de Chu (que está associado à criminalidade da irmã), a doença das aves alastra-se, fazendo com que as circunstâncias mudem muito rapidamente.



Crítica
Apesar de fazer uma breve introdução aos vários elementos da família de Chu, este primeiro volume não investe grande espaço na caracterização dos vários elementos. Debruça-se um pouco em mostrar como Tony Chu inicia a sua parceria policial mais conhecida, mas, para além disso, arranca a grande velocidade, caracterizando melhor Chu, a irmã problemática que está envolvida em assaltos e outros crimes.
A narrativa apresenta e explora algumas das ideias anteriores, sobretudo no desenvolvimento de poderes associados à comida. Desenvolvem-se novos poderes e enquadram-se numa narrativa mirabolante, como já é habitual. A irmão problemática terá o poder de conseguir ler a mente de quem come exactamente o mesmo que ela, o que lhe permite obter informação essencial para tecer planos e antecipar problemas.
Apesar de todas as semelhanças com a série Tony Chu, esta arranca de forma mais suave, com uns episódios mirabolantes, mas algo forçados em torno da Chu. Felizmente, na segunda metade do volume, a história arranca de forma mais consistente, com um maior foco nas mesmas personagens. Em termos visuais, também se denotam diferenças em relação à série anterior. Rob Guillory conseguia captar um maior efeito cómico e isso denotou-se também na série que lançou a solo, Farmhand.
Se, após a leitura do primeiro volume (em formato inglês), tinha achado esta série bastante mais fraca do que a série Tony Chu, após a leitura deste volume duplo, neste volume duplo, reparo que a consistência foi aumentando. Ainda que em termos visuais tenha gostado mais do desenho do Guillory, a série parece ter ganho maior identidade com a progressão da leitura. Chu é uma personagem que se distingue bastante do irmão, e que tem uma personalidade mais interessante.



Conclusão
Esta nova série apresenta uma nova abordagem ao mesmo Universo da série Tony Chu, explorando outras personagens da mesma família. Inicialmente parecia ter perdido parte da aura mirabolante, apesar da grande cadência de episódios movimentados, mas com a progressão das páginas, começou a ter a sua própria identidade.


