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Definitivamente tenho um problema com a temática explorada. Não o simbolismo ou a força que as ideias podem ter quando propagadas de forma eficiente. O meu problema é mesmo com os rituais de velhotes que envolvem sempre belas donzelas numa forma que parece mais a concretização das mais avançadas fantasias eróticas do que propriamente rituais com verdadeiro intuito mágico.

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Claro que, conhecendo a personagem a que a história se dedica, Alesteir, não seria de esperar outra coisa. E por aqui, a história consegue captar esta essência corrosiva, semi demente, no mínimo, estranha, desconfiada e sempre envolvida em teorias da conspiração que aqui encontramos.

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Apesar de justificar a narrativa por uma ideia algo absurda, senão idiota, de um símbolo que estará a ser digitalizado com dificuldade, a história consegue ter algum interesse ao explorar uma luta simbólica entre as duas personagens, Alesteir e Adolf, envolvendo objectos de importância ritual e capacidades mágicas que terão tido um papel mais importante do que julgamos no curso da História.

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Carregado de rituais e simbolismo, Alesteir & Adolf apresenta a luta por detrás da luta, a exploração de ideias e de forças mentais, através de componentes culturais subtis. Esta ideologia é explorada através de rituais que envolvem sexo e drogas de forma descontrolada, elementos que deturpam a realidade e provocam traumas profundos, principalmente naqueles que são usados sem compreenderem a totalidade do que ocorre.

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Alesteir & Adolf foi publicado pela Darkhorse.